Incontrolável...se verdadeiro!
Janeiro 29, 2014
Sem voltar atrás...
"...o amor quer-se fresco, tal qual o peixe na lota. O amor tem de saber a mar, a terra húmida depois da chuva, a leite do dia à porta de casa. O amor tem de ser também do dia porque, se assim não for, acontece-lhe o mesmo que à manteiga quando está há muito tempo no frigorífico: fica rançosa. E o amor não se quer rançoso - não quer não - e por isso quem ama ou já amou ou ainda virá a amar mas ainda não sabe disso, facilmente saberá que mesmo nos dias de maior calor, o amor - tal como o fogo - não pode nunca ser congelado. Quando muito pode extinguir-se, apagar-se com umas mangueiradas de água, agora congelar para servir mais logo, não creiam nisso. O amor quer-se de vez, e quando se dá, vai por ali a eito, lavrando encostas, galgando montes, galopando por entre os cabelos. O amor é um incêndio que os bombeiros não conseguem controlar. E quando o chefe da corporação diz que ele não está circunscrito, para mim é sobre o amor que fala em forma de fogo. O amor é um incêndio sim, incontrolável sim, se verdadeiro, nunca será circunscrito!"
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